quinta-feira, 27 de junho de 2013

COMEÇOU A RECICLAÇÃO

                       FEIRA DE FORNECEDORES
PARA O MEIO AMBIENTE INDUSTRIAL & RECICLAGEM
                        De 26 a 29 de junho de 2013
                       EXPOUNIMED CURITIBA

terça-feira, 18 de junho de 2013

TARIFA ZERO É POSSÍVEL: CONHEÇA CIDADES QUE TÊM TRANSPORTE PÚBLICO GRATUITO

Cidades no exterior oferecem opções de transporte de graça organizadas por órgãos públicos e sem a participação de empresas privadas.
 
  

Os protestos relacionados ao aumento da tarifa do transporte coletivo em São Paulo levantam, novamente, a discussão sobre o modelo de “Tarifa Zero”. A ideia é que os custos das passagens sejam inteiramente subsidiados por governos e prefeituras, sem que o cidadão precise pagar nada para usar o ônibus, metrô ou outros veículos incluídos na rede. 

A ideia já foi considerada em São Paulo em 1990, na gestão de Luiza Erundina (PT) como prefeita. Para custear o sistema, seria implantado o “Fundo de Transporte”, que reservaria parte do dinheiro coletado no IPTU. Dessa forma, o custo do transporte coletivo para os cidadãos seriam proporcionais a seus ganhos salariais. Por apresentar um aumento no IPTU, o projeto sofreu resistência e não foi aplicado. Atualmente, o Movimento Passe Livre luta pela gratuidade no transporte coletivo, encarando a mobilidade dentro da cidade como inerente ao direito humano de acesso à cultura e a serviços públicos. 

Mas será viável aplicar um modelo como esse? Confira alguns exemplos de municípios no exterior (e dois brasileiros) que conseguiram implantar a gratuidade do trasnporte coletivo: 
Talinn, Estônia Em 2013 a cidade de Talinn, capital da Estônia, implementou o esquema de transporte coletivo gratuito para habitantes, se tornando a primeira grande cidade europeia a adotar o esquema. Para fazer uso da rede completa, que inclui trens, ônibus e bondes, basta que o usuário apresente um cartão registrado na prefeitura (pode ser obtido com uma taxa de 2 euros). Internamente, o programa foi apelidado de “13o. salário”, já que usuários poderão economizar o equivalente a um salário mínimo anualmente - que, por políticos da oposição, foi visto como uma jogada populista para agradar eleitores. 

A tarifa ‘gratuita’ custará aos cofres públicos o equivalente a 16 milhões de dólares, custos que devem ser cobertos com o estímulo à economia - de acordo com a prefeitura, foi registrada uma maior mobilidade nos fins de semana, indicando que pessoas saem de casa e gastam mais dinheiro no comércio e em atividades culturais. Já nos três primeiros meses de implementação, estima-se que o uso de carros na capital foi reduzido em 15%, enquanto o número de passageiros do sistema de transporte coletivo subiu 10%. Para suportar a maior quantidade de usuários, Talinn comprou 70 novos ônibus e 15 novas linhas de bonde. O objetivo é ser conhecida como “A Capital Verde” da Europa em 2018. 

A cidade chinesa de Chengdu já sinalizou interesse em estudar o modelo de Talinn para oferecer transporte gratuito para seus próprios habitantes - a ideia seria diminuir a quantidade de veículos em suas ruas e amenizar seu trânsito caótico. 

Sydney, Austrália
Editora Globo
Crédito: Wikimedia Commons
Editora Globo
Crédito: Wikimedia Commons
Algumas linhas centrais da cidade são gratuitas - entre elas dois exemplos de importância crucial para a movimentação de habitantes. A primeira percorre um trajeto no Central Business District, o coração da cidade, que conta com uma grande concentração comercial, assim como opções de programas culturais. Outra linha cruza a região de Kogarah, região que possui muitos hospitais e escolas. Esses percursos são financiados, também, com o dinheiro público - direto dos cofres da prefeitura. 

Changning, China
Desde 2008, tanto visitantes quanto habitantes de Changning, cidade da província de Hunan, na China, podem usar gratuitamente as três linhas de transporte coletivo. A iniciativa, que custou US$ 1 milhão aos cofres públicos, foi a primeira no país - em outros municípios, o transporte é controlado por empresas privadas que recebem um subsídio das prefeituras. Os custos de manutenção das linhas seriam cobertos por publicidade dentro dos ônibus e subsídios do governo. Logo de início, o uso de ônibus aumentou em dois terços. 

Seguindo o modelo de Changning, a cidade industrial de Changzhi também adotou o de transporte coletivo gratuito em 2009. 

Baltimore, EUA 
Em Baltimore, cidade de cerca de 600 mil habitantes localizada no estado de Maryland, os ônibus são gratuitos e, além de tudo, híbridos - o que significa que o impacto ambiental é reduzido (não há emissões de gases em 40% do tempo de seu funcionamento). São três linhas conectadas a outras opções de transporte, como metrôs e trens. 
E no Brasil?Já existem cidades pequenas que usam os cofres públicos para financiar completamente seu sistema de transporte. Porto Real, no Rio de Janeiro, não apenas aboliu a tarifa de R$ 0,50 por trajeto, em 2011, como aumentou as linhas de ônibus que atendem o município. Com uma população pequena, de 16 mil habitantes, estima-se que 3 mil deles façam o uso do sistema diariamente. Outra cidade brasileira a adotar o sistema éAgudos, no interior de São Paulo, próxima a Bauru. A gratuidade também foi implantada em 2011, quando se extinguiu a tarifa de R$ 2,40 e, desde então, o uso dos ônibus aumentou em mais de 60%.
Para conhecer outras cidades que aderiram ao transporte coletivo gratuito (completamente ou em algumas linhas), confira o site Free Public Transport.
Fonte: Revista Galileu por Luciana Galastri

segunda-feira, 17 de junho de 2013

Inflação torna brasileiro mais consciente ao consumir

 A alta da inflação levou os brasileiros a adotar práticas mais conscientes na hora de se alimentar, de fazer a lista de compras e de reaproveitar restos de comida. É o que aponta a pesquisa nacional Consumo Consciente, elaborada pela Federação do Comércio do Estado do Rio de Janeiro (Fecomércio-RJ) em parceria com o Instituto Ipsos.
“Do ano passado para cá, mais brasileiros adotaram medidas que são condizentes com ecologia, com a preservação dos recursos naturais. Isso significa que essas medidas foram adotadas em função de alguma circunstância, qual seja, a inflação mais alta”, disse o economista da Fecomércio-RJ Christian Travassos.
De acordo com a pesquisa, feita com mil pessoas de 70 cidades brasileiras, o percentual de pessoas preocupadas com a preservação do meio ambiente no dia a dia subiu de 56%, no ano passado, para 60% este ano.
Analisando a adoção de medidas menos agressivas ao meio ambiente, verifica-se que elas têm relação com os hábitos diários das famílias.
Segundo o economista, houve avanços significativos de um ano para outro, por exemplo, na uso de sobra de refeições para fazer novos pratos (de 66% para 72%), em verificar se a embalagem do produto está danificada, antes de comprar (de 65% para 70%), e na leitura do rótulo de um produto antes de adquiri-lo (de 51% para 56%).
“A gente associou a maior frequência desses hábitos a um custo mais alto de vida. Abastecer a despensa está mais caro no Brasil”, avaliou. Travassos acrescentou que devido ao aumento dos preços de alimentos e bebidas, o brasileiro tornou-se mais criterioso ao fazer suas compras. Daí a importância que passaram a ter atitudes como verificar validade de produtos e fazer listas de compras. “Esses itens ganham espaço na rotina do brasileiro”.
Em relação ao aspecto social dos entrevistados, a pesquisa identificou que a classe DE foi a que apresentou mais avanços de 2012 para 2013 em termos de consumo consciente. “Até porque tem mais margem para avançar e porque é a que sofreu mais com a alta de alimentos e bebidas no último ano”, ressaltou o economista. Nesse grupo, o índice de brasileiros que mostraram maior preocupação com o meio ambiente subiu de 37% para 51%.
“Se antes ela (classe DE) estava mais propensa ao desperdício, a não atentar tanto para essas práticas no consumo do dia a dia, com a inflação mais cara ficou mais difícil desperdiçar alimento. Você pensa duas vezes antes de jogar fora uma salada. O tomate está muito caro, a cebola também. Vamos aproveitar, vamos fazer um novo prato, vamos checar o armário antes de ir para o supermercado”, salientou Travassos. A classe AB também avançou em relação ao consumo consciente, passando de 69% para 71%.   Fonte: Alana Granda da Agência Brasil


terça-feira, 11 de junho de 2013

A hora da logística reversa

Os setores obrigados a implementar mecanismos de logística reversa – dar destinação adequada aos produtos após o consumo – que ainda não firmaram acordos setoriais ou assinaram termos de compromisso terão que fazê-lo conforme prevê a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS). Caso contrário, o governo federal poderá recorrer aos decretos, também previstos em lei, para garantir a adoção da medida. O alerta foi feito na última quinta-feira (6), pelo gerente de projetos da Secretaria de Recursos Hídricos e Ambiente Urbano do Ministério do Meio Ambiente (MMA), Ronaldo Hipólito, durante o seminário “Desafios para a Implementação da Lei de Resíduos Sólidos”, realizado na Câmara dos Deputados, em Brasília.
O seminário, promovido pela Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, é preparatório para a 4a. Conferência Nacional do Meio Ambiente, que acontece entre os dias 24 a 27 de outubro e tem a PNRS como tema. O diretor do Departamento de Educação Ambiental do MMA, Nilo Diniz, classificou om evento como uma terceira etapa da Política Nacional de Resíduos Sólidos. Segundo ele, as etapas regionais do encontro estão demonstrando a importância da educação ambiental, aliada a uma estratégia de comunicação para implementação da PNRS.
Os setores de pneus, óleos lubrificantes, agrotóxicos, pilhas e baterias, normatizados pelo Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama), serão chamados para se ajustar à PNRS. Embalagens de óleos lubrificantes já tem acordos com o governo. Em fase final, ainda, os setores de lâmpadas e embalagens em geral. A indústria de eletroeletrônicos está com o edital de chamamento aberto até 30 de junho. Alega encontrar dificuldades em lidar com os custos da reciclagem, principalmente com os produtos de menor valor agregado. O diálogo com o setor de medicamentos também está em andamento.
Divulgação - Para o deputado Arnaldo Jardim (PPS-SP) é preciso criar instrumentos econômicos e tributários, preparar o municípios e dar mais divulgação à política de resíduos sólidos. Para o professor Waldir Bizzo, da Universidade de Campinas, a reciclagem no Brasil “é mais um discurso que uma ação”, pois falta tecnologia para tornar o processo viável economicamente. Já Ana Paulo Bernardes, da Associação Técnicas Brasileira das Indústrias Automáticas de Vidro, a lei atribui as responsabilidades, mas não define “quem vai pagar”.
O Movimento Nacional dos Catadores de Materiais Recicláveis, Ronei Alves, por sua vez, disse que a situação dos catadores no país ainda é precária e o sistema de cooperativas ainda não atingiu seus objetivos. Ele criticou a terceirização do sistema de coleta e defendeu o fim dos lixões. Alves disse que o governo federal vem apoiando os mais de 4 mil catadores em Brasília. No entanto, ainda falta muito para dar condições dignas de trabalho aos catadores, citando, por exemplo, aspectos relacionados com a infraestrutura da atividade. (Fonte: MMA)

quarta-feira, 5 de junho de 2013

5 de junho: Dia Mundial do Meio Ambiente

Criada em 1972, pela ONU, a data objetiva conscientizar para a importância da conservação do nosso planeta.




Em 2013, a ONU chama a atenção para o desperdício de comida. Segundo a organização, são desperdiçados 1,3 bilhão de toneladas de alimentos anualmente - o equivalente a um terço de toda a produção mundial. Somente nos chamados países desenvolvidos, são 222 milhões de toneladas desperdiçadas - quase o mesmo produzido em toda a África Subsaariana, 230 milhões. De acordo com o Unep, em todo o planeta, uma em cada sete pessoas vai para a cama com fome e, a cada ano, 20 mil crianças com menos de 5 anos morrem por desnutrição.
Segundo a ONU, devemos notar que, quando desperdiçamos alimentos, perdemos também todos os recursos utilizados na sua produção. Para se fazer um litro de leite, por exemplo, utilizamos mil litros de água. Para um quilo de hambúrguer, se vão 16 mil litros. Além disso, a produção de comida tem um grande impacto ambiental: ela ocupa 25% das terras do planeta e é responsável por 70% do consumo de água doce, 80% do desflorestamento e 30% das emissões dos gases de efeito estufa.
Por causa disso, a organização sugere que as pessoas escolham comidas com menor impacto ambiental, como alimentos orgânicos - que não usam substâncias químicas em sua produção. Além disso, é importante procurar produtos locais, que não causam grandes emissões em seu transporte. 
Nos países em desenvolvimento, a ONU afirma que a perda ocorre principalmente na produção e transporte. Investimentos para dar suporte aos produtores e melhorar a infraestrutura são necessários, afirma. Nas nações mais ricas, o problema está no comportamento do consumidor, que joga fora muita comida.