sexta-feira, 31 de agosto de 2012

População brasileira chega a 194 milhões, estima IBGE



São Paulo é a cidade mais populosa do Brasil
Em 1º julho deste ano, a população brasileira alcançou 193.946.886 de pessoas, segundo estimativa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) publicada nesta sexta-feira pelo Diário Oficial da União. Segundo a projeção, a população cresceu 1,57 milhão (0,81%), em relação a julho de 2011. Pelo levantamento, o Estado de São Paulo é o mais populoso, com 41,9 milhões de pessoas ou 21,6% do total de habitantes do País.
Depois de São Paulo, Minas Gerais é a unidade da Federação mais populosa (19,8 milhões), seguida do Rio de Janeiro (16,2 milhões), da Bahia (14,1 milhões), do Rio Grande do Sul (10,7 milhões), Paraná (10,5 milhões), de Pernambuco (8,9 milhões) e do Pará (7,7 milhões).
O município de São Paulo continua sendo a cidade mais populosa do Brasil com aproximadamente 11,4 milhões de pessoas, o que representa 27% dos residentes no Estado e 5,86% do total da população brasileira.
A divulgação das estimativas populacionais está prevista em lei e os dados estatísticos são usados para o cálculo de indicadores econômicos e sociodemográficos do governo federal, além de servir de parâmetro para a repartição de recursos das políticas públicas e para a distribuição do Fundo de Participação de Estados e Municípios.
Conforme resolução do IBGE, a forma de fazer a projeção do tamanho da população no próximo ano será modificada. ''Deverá incorporar novas informações relacionadas à dinâmica demográfica local e incluir procedimentos metodológicos alternativos, como aqueles que fazem uso de variáveis econômicas, sociais e demográficas em nível municipal'', diz o texto.
Em 2013, o chamado Sistema de Projeções da População do Brasil será atualizado com as informações do Censo Demográfico 2010, das pesquisas por amostragem mais recentes (Pnad), bem como dos registros administrativos de cadastros públicos referentes ao ano de 2010.  Fonte: Terra

Venezuela investiga suposto massacre de 80 ianomâmis por garimpeiros brasileiros

Líder indígena diz à BBC que mineradores atuando ilegalmente na Venezuela atacaram ao tentar estuprar membros da tribo ianomâmi e encontrarem resistência


A Promotoria da Venezuela investiga um suposto massacre de índios ianomâmi em uma aldeia situada na fronteira com o Brasil, num caso em que garimpeiros brasileiros são apontados como suspeitos da morte de até 80 de pessoas.
O suposto massacre, segundo testemunhas e sobreviventes, teria sido desencadeado pela tentativa dos garimpeiros de estuprar mulheres indígenas.
A Promotoria Geral da Venezuela indicou nesta quarta-feira uma comissão para investigar o suposto ataque, que teria sido cometido em julho, mas cujos detalhes só vieram à tona nos últimos dias.
De acordo com a ONG Survival International, os índios, que teriam encontrado os corpos carbonizados das supostas vítimas do massacre, só conseguiram reportar a ação muito tempo após ela ter sido cometida, já que os ianomâmi vivem em uma região isolada e as testemunhas levaram dias para chegar a pé até o povoamento mais próximo.
Histórico 
Os ianomâmi são uma das maiores tribos relativamente isoladas da América do Sul. Vivem em florestas tropicais e em montanhas no norte do Brasil e no sul da Venezuela. No Brasil, seu território tem o dobro do tamanho da Suíça. Na Venezuela, os índios ianomâmis vivem em uma região de 8,2 milhões de hectares no Alto Orinoco. Juntas, as duas regiões formam o maior território indígena florestal em todo o mundo.
A denúncia sobre o suposto massacre ocorre no ano em que os indígenas celebram as duas décadas de criação do território ianomâmi no Brasil. Em março deste ano, o líder ianomâmi Davi Kopenawa havia alertado a ONU, em Genebra, sobre os perigos trazidos pela mineração ilegal, colocando a vida de indígenas em risco, principalmente em tribos isoladas, e contribuindo para a destruição da floresta e a poluição de rios.
Especialistas que conhecem a região e a realidade das comunidades pediram cautela e advertiram sobre a dificuldade em verificar-se a precisão das denúncias, em parte pelo fato de que é complicado o acesso à zona conhecida como Alto Orinoco.
Fonte: BBC/ Estadão

quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Prefeitos devem pensar em projetos sustentáveis para próxima gestão

É necessário pensar soluções para o presente sem comprometer o futuro.
Melhorias no trânsito e preservação da natureza devem estar na agenda.

sustentabilidade deve ser item obrigatório na agenda dos prefeitos eleitos nas eleições de outubro. O exercício é de pensar, por exemplo, em como melhorar o trânsito de hoje e de amanhã, resgatar a qualidade dos mananciais e rios, construir novas moradias sem agredir o meio-ambiente. Enfim, propor melhores condições de vida para as próximas gerações.
É esse o esforço de viver e construir o presente sem comprometer o futuro. Respeitar o meio-ambiente, sem em agressões, com planejamento e reversibilidade.
Para isso, os eleitos podem se espelhar em uma empresa de Curitiba que decidiu promover ações de proteção o ambiente. Ao invés de motoboys, contrataram motobikers e trocaram as motocicletas poluidoras, pelas bicicletas.
Além disso, o incentivo para separação do lixo nas escolas é contribuição com o presente, visando o futuro.
Assim como fez o primeiro prefeito eleito de Curitiba, Cândido de Abreu. Não se sabe se as ideias eram necessariamente projetando a sustentabilidade, mas vislumbrou o benefício das futuras gerações. O principal exemplo é a Avenida Cândido de Abreu, construída no Centro Cívico da capital, é larga e arborizada ainda que projetada em uma época que muito poucos automóveis circulavam pela cidade.
Fonte: G1 PR

Comissão mista aprova mudanças feitas no Código Florestal

Após intensas negociações, a comissão mista que analisa a Medida Provisória do Código Florestal aprovou nesta quarta-feira (29), por unanimidade, acordo que determina a volta da proteção a rios temporários e a inclusão de emenda que diminui a faixa de Áreas de Preservação Permanente (APP) a ser recomposta por médios produtores rurais. Com o acordo entre os integrantes da comissão, os parlamentares afirmaram que o texto terá votação rápida nos plenários da Câmara e do Senado.
Pelo texto aprovado, são Áreas de Preservação Permanente (APPs) as margens de rios perenes e temporários, ficando fora do regime de proteção apenas os cursos d’água efêmeros.
Os rios temporários haviam sido excluídos do conceito de APP no início de agosto, quando a comissão mista aprovou emenda da bancada ruralista. A medida foi considerada absurda por vários parlamentares e pelo governo, levando o relator, senador Luiz Henrique (PMDB-SC), a buscar acordo para recuperar o texto original.
O acordo exigia unanimidade, pois alterava decisão anterior da comissão, mas os deputados pelo DEM Ronaldo Caiado (GO) e Abelardo Lupion (PR) condicionavam seu apoio à inclusão de emenda para regularizar atividades consolidadas em APPs.
Ao final, os parlamentares aceitaram proposta da senadora Kátia Abreu (PSD-TO), que modifica a MP para prever que propriedades entre 4 módulos fiscais e 15 módulos fiscais deverão recompor apenas 15 metros de mata ciliar em rios com até dez metros de largura – no texto original, a medida alcançava as propriedades com até 10 módulos fiscais e a recomposição mínima era de faixas de vinte metros.
Para propriedades maiores, a comissão aprovou regra prevendo a recomposição mínima de 20 metros e máxima de 100 metros de mata, conforme será estabelecido nos Programas de Regularização Ambiental (PRA), a serem implantados pelos governos estaduais.
Risco
Na avaliação do senador Jorge Viana (PT-AC), a comissão mista, ao manter a proteção a rios temporários, reparou um “erro gravíssimo”, que colocaria em risco todos os rios brasileiros. Para o parlamentar, também foram acertadas as modificações feitas nas regras para recomposição de áreas desmatadas ilegalmente.
– Elas estão de acordo com a lógica que garante a recomposição florestal e vão levar em conta as peculiaridades da bacia hidrográfica – disse, referindo-se à atribuição dos PRA nos estados de determinar as faixas de recomposição de mata ciliar, dentro do mínimo e máximo fixado na lei.
O acordo aprovado na comissão prevê ainda outras modificações na MP, como a redução para cinco metros da faixa mínima de proteção nas margens de rios intermitentes com até dois metros de largura, independentemente do tamanho da propriedade rural.
Frutíferas e exóticas
Foi também incluído no texto regra prevendo, na recomposição de APPs, a possibilidade de plantio de árvores frutíferas. Foi aprovada ainda emenda para permitir o plantio intercalado de espécies lenhosas, perenes ou de ciclo longo, exóticas com nativas de ocorrência regional, em até 50% da área total a ser recomposta nas propriedades familiares.
Nascentes, veredas e várzeas
O relatório da MP que vai a Plenário prevê a recomposição obrigatória mínima de 15 metros de raio em volta de nascentes e olhos d’água perenes. No texto original, o mínimo de recomposição exigida para área desmatada em volta de nascentes variava de 5 a 15 metros de mata, conforme o tamanho da propriedade.
O acordo estabelece ainda como área de proteção permanente em vereda uma faixa mínima de 50 metros a partir do espaço permanentemente brejoso e encharcado.
Não será considerada de proteção permanente a várzea fora dos limites de mata ciliar considerada como APP.
Limites
Não será considerada área de preservação permanente o entorno de reservatórios artificiais que não são abastecidos por cursos d’água naturais.
A comissão aprovou emenda parta determinar que a recomposição obrigatória de APP em propriedades entre 4 módulos fiscais e 10 módulos fiscais não pode ultrapassar 25% da área total da propriedade.
Emendas aprovadas anteriormente
No início de agosto, a comissão já havia aprovado emendas para excluir da lei o limite de 25% da área do imóvel rural que pode ficar em pousio (interrupção do cultivo para descanso da terra); para retirar o conceito de área abandonada do novo Código Florestal (Lei 12.651/2012); e para incluir a definição de crédito de carbono na nova lei. fonte: JB

quarta-feira, 29 de agosto de 2012

O valor da sociobiodiversidade

A importância da cadeia produtiva do açaí para o Arquipélago do Marajó (PA), da piaçava para a microrregião do Rio Negro (AM) e dos frutos do cerrado para o norte de Minas Gerais (MG) e as técnicas de fomento dessas cadeias estão sendo discutidos até a próxima sexta-feira (31), na capacitação Promoção de Cadeias de Valor, no Ministério do Meio Ambiente, em Brasília. Esses produtos, resultado da sociobiodiversidade local, movimentam a economia e garantem a geração de emprego e renda, sendo conhecidos como Arranjos Produtivos Locais (APLs) da sociobiodiversidade.
O objetivo da capacitação é apresentar as metodologias de fomento às cadeias de valor, com enfoque na sociobiodiversidade e integrar equipes interdisciplinares para desenhar e implantar os processos de incentivo à produção local. Participam do encontro representantes dos governos estaduais, organizações não governamentais e sociedade civil. A meta é formar cerca de 30 profissionais, que atuarão na organização e apoio às cadeias nos respectivos estados.
Em debate - Ao todo serão discutidos dez APLs da sociobiodiversidade: piaçava na microrregião do Rio Negro (AM), frutos da caatinga no semiárido baiano, piaçava no baixo sul baiano babaçu e pequi na mesorregião do sul cearense, açaí e andiroba no Arquipélago do Marajó (PA), castanha e óleos vegetais de andiroba e copaíba na microrregião de Óbidos (PA), castanha e óleo de copaíba na região da BR 163 (PA), buriti no Piauí, babaçu na microrregião do médio Mearim (MA) e frutos do cerrado no norte de Minas Gerais.
Durante o encontro serão apresentadas as estratégias de promoção de Arranjos Produtivos Locais (APLs), cadeias de valor da sociobiodiversidade, perspectivas de desenvolvimento sustentável e selecionadas algumas novas possibilidades de cadeias de valor. Além disso, serão determinadas estratégias de fomento das cadeias produtivas, desenhados projetos de melhoria das cadeias, com uma apresentação de indicadores de impacto e monitoramento.
O treinamento faz parte das ações do Plano Nacional de Promoção das Cadeias de Produtos da Sociobiodiversidade, coordenado pelos ministérios do Desenvolvimento Agrário (MDA), Meio Ambiente (MMA), Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) e Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), juntamente com a Cooperação Técnica Alemã no Brasil (GIZ). No encontro será usada a Metodologia Value Links, técnica comum para o mapeamento das cadeias de valor de produtos de origem animal e vegetal. (Fonte: Sophia Gebrim/ MMA)

terça-feira, 28 de agosto de 2012

Butantan aguarda autorização para testes em humanos da vacina contra dengue

Vacina é tetravalente, pois atua sobre os quatro tipos de vírus da dengue


O Instituto Butantan aguarda a aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e da Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (Conep) para iniciar os ensaios clínicos, em humanos, da vacina contra dengue. A expectativa é que a resposta venha em breve, mas não se sabe ainda precisar quando.

Após a aprovação, o instituto poderá iniciar o recrutamento de 300 voluntários nos quais a vacina será experimentada. A vacina, desenvolvida em parceria com o Centro de Pesquisas Clínicas do Hospital das Clínicas, da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), já passou por testes em diversos grupos de 20 pessoas, nos Estados Unidos, para avaliar sua segurança.

De acordo com o diretor-médico de Ensaios Clínicos do Instituto Butantan, Alexander Precioso, os trâmites para obtenção da autorização para os ensaios clínicos estão em andamento há pelo menos dois meses. “O projeto é encaminhado, é feita uma avaliação parcial que nos é enviada de volta para que respondamos algumas questões, devolvemos e outras questões vêm. Já estamos respondendo outras avaliações. É um processo dinâmico de esclarecimento, de troca de informações, até que eles emitam a aprovação para o estudo”.

Os 300 voluntários serão moradores de São Paulo e, depois, conforme os dados coletados e avaliações, as próximas fases incluirão cidades representativas de todo o Brasil e um maior número de voluntários. “Nos testes feitos nos Estados Unidos, a vacina se mostrou segura, sem evento adverso grave, e adequada do ponto de vista de resposta imunológica. Agora, vamos iniciar os estudos com as características particulares do Brasil, onde a dengue é uma doença endêmica”, relatou Alexander Precioso.

A vacina é tetravalente, pois atua sobre os quatro tipos de vírus da dengue com a administração de apenas uma dose. Na primeira fase de testes, poderão participar adultos entre 18 e 50 anos de anos, de ambos os sexos e que não tenham nenhuma doença de base.

“No processo de recrutamento, todos os voluntários passarão por avaliação médica e exames laboratoriais para, então, ser definida sua participação ou não no estudo”, revelou o diretor de Ensaios Clínicos do Butantan.

Os voluntários serão acompanhados por uma equipe de médicos, enfermeiros e farmacêuticos ao longo de cinco anos, tanto presencialmente como por contatos telefônicos periódicos. 

“Embora a vacinação ocorra só no primeiro ano, posteriormente, [os voluntários] continuarão sendo acompanhados para que possamos monitorar como essa resposta imunológica que eles vão desenvolver vai se manter ao longo do tempo”, explicou Alexander Precioso. Dessa maneira, os pesquisadores poderão definir a necessidade de mais doses da vacina.

A vacina está sendo elaborada desde 2005, em parceria com institutos americanos de pesquisa em saúde. A estimativa é que esteja disponível para a população entre 2014 e 2015. As informações são da Agência Brasil. 

Bicicleta de papelão é promessa de transporte ecológico

 
Um empreendedor israelense, conhecido como Izhar Gafni, espera revolucionar o “transporte ecológico” com sua mais nova criação: uma resistente bicicleta de papelão, que possui um custo de produção em torno de US$ 10 e pode ser construída com material de reciclagem.
Além de barata, a bicicleta, que é resistente à umidade e à oxidação, ainda pode suportar até 140 quilos de peso. Como seu chassi é inteiramente revestido por uma camada de material impermeável de cor marrom e branca, o papelão acaba ganhando um aspecto de plástico.
“Trata-se de uma bicicleta urbana, a mais simples que pode imaginar, mas suficientemente resistente para se transformar em um bom meio de transporte ecológico”, explicou à Agência Efe o empreendedor israelense.
Morador de uma cooperativa rural em Emek Jefer, no norte de Israel, o mecânico autodidata criou sua bicicleta com base em outra invenção: uma canoa feita de papelão com materiais altamente resistente à água.
“Quando trabalhava na Califórnia adquiri conhecimento em canoa. Depois, passei vários meses estudando o tema. Ao retornar para Israel, tive a ideia da bicicleta e passei a me cobrar. Afinal, nunca havia visto uma bicicleta de papelão”, afirmou Gafni.
A escolha pelo projeto da bicicleta também não foi por acaso, já que Gafni, nascido e criado no kibutz Bror Jail (no sul do país), sempre teve uma em casa. Aliás, a bicicleta é o meio de transporte mais habitual entre os membros destas comunidades rurais israelenses.
Batizada como BV6, a invenção de Gafni foi elaborada em quatro anos e contou com seis protótipos, já que o empreendedor queria testar a fundo os limites e possibilidades do papelão.
“Consultei vários engenheiros e, no começo, construí uma bicicleta pequena que mais parecia uma caixa de mercado com rodas”, brinca o inventor antes de reconhecer que “o mais duro foi desenvolver a tecnologia para conseguir dar forma a sua bicicleta”.
Ao longo de suas pesquisas, Gafni começou a trabalhar com os princípios da papiroflexia japonesa e, com isso, conseguiu aumentar em até três vezes a capacidade de resistência do material. Neste aspecto, a técnica até parece ser simples, já que consiste apenas em dobrar e sobrepor o papelão.
Considerada um meio de transporte ecológico por não emitir gases poluentes, a bicicleta aparece como uma boa alternativa para contornar o problema da poluição causada pelos automóveis. A bicicleta de Gafni, além de seguir esta mesma linha, ainda se apresenta duplamente ecológica, já que é elaborada com papelão de reciclagem.
Outra das vantagens é que não precisa de montagem prévia. A bicicleta de papelão é uma única peça, incluindo as rodas. Por conta deste fato, a invenção de Gafni praticamente não exige manutenção.
O inventor israelense acredita que no prazo de um ano e meio sua bicicleta de papelão já estará disponível nos mercados, principalmente em Israel, na Europa e nos Estados Unidos. Apesar de seu custo girar em torno de US$ 10, a bike deverá custar entre US$ 60 e US$ 90.
Segundo Gafni, sua invenção foi bem aceita no mercado, principalmente por não exigir muita técnica para sua fabricação, e também já despertou o interesse de vários países europeus. Entre seus possíveis clientes, aparecem algumas prefeituras, que querem adquirir as bicicletas para alugar aos moradores da cidade.
Atualmente, após o sucesso de sua primeira invenção, Gafni trabalha em um novo modelo, que, inclusive, conta com um motor elétrico removível, De acordo com o inventor, esse modelo atende uma demanda deixada por seu primeiro modelo e é destinado às grandes companhias, que precisam de veículos rápidos e baratos para facilitar o transporte de seus funcionários.
Após a construção das bicicletas, motorizadas ou não, Gafni já pensa em construir cadeiras de rodas e carrinhos de bebê com a mesma técnica, ou seja, de papelão.
“Gosto dos meios de transporte e até já construí uma moto usando todos os tipos de materiais”, completou o empreendedor, que acompanha o processo de desenvolvimento e financiamento de suas invenções com amparo de uma companhia de soluções tecnológicas. (Fonte: UOL)
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sexta-feira, 24 de agosto de 2012

Contra o efeito estufa

As atividades da indústria, da mineração, da saúde e dos projetos de mobilidade urbana seguirão políticas de redução das emissões de gases de efeito estufa. Na última semana, foi concluído o processo de consulta pública dos Planos Setoriais de Mitigação e Adaptação à Mudança do Clima que preveem medidas para os quatro setores. Ao todo, os documentos receberam 182 contribuições de representantes do governo, da iniciativa privada e da sociedade civil.
O Ministério do Meio Ambiente (MMA) avaliou como positiva a participação popular no processo. A gerente Karen Silverwood-Cope, da Secretaria de Mudanças Climáticas e Qualidade Ambiental (SMCQ) do MMA, elogiou as observações enviadas para os planos setoriais. “As contribuições foram bastante qualificadas e pertinentes”, disse. “Todas serão julgadas pelos órgãos competentes.”
Método - O total se refere às participações enviadas por meio eletrônico e durante os encontros realizados em cidades das cinco regiões do país, organizados pelo Fórum Brasileiro de Mudanças Climáticas. “Houve uma participação significativa da sociedade e da academia, principalmente na consulta presencial, e a internet se mostrou como um método eficiente no processo”, acrescentou Karen.
A previsão é que os planos setoriais estejam concluídos até o fim do ano. Agora, as sugestões de alterações aos documentos serão analisadas pela equipe do MMA e dos demais órgãos envolvidos. Após a avaliação técnica, as contribuições serão submetidas ao Grupo Executivo sobre Mudança do Clima (GEx) para incorporação, ou não, no texto final.
Redução – O objetivo da elaboração dos planos é contribuir para o alcance da meta nacional de redução entre 36,1% a 38,9% das emissões projetadas para 2020. O plano setorial da indústria trabalhará medidas de mitigação de emissões de sete áreas: alumínio, cimento, papel e celulose, químico, cal, vidro e ferro gusa (aço).
A meta do Acordo de Cooperação do Plano Indústria, assinado na tarde da última terça-feira (21), é reduzir em 5%, até 2020, as emissões dos gases de efeito estufa nos sete setores industriais. A parceria foi feita entre o MMA, a Confederação Nacional da Indústria (CNI) e o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (MDIC) e vale até o fim de 2015.
O plano de mineração envolve medidas de lavra, beneficiamento físico, pelotização e transporte interno. O da saúde sintetiza ações voltadas para adaptação às mudanças climáticas. Por fim, o plano de transportes e mobilidade urbana trabalhará com o transporte de cargas e o transporte público de passageiros. (Fonte: Lucas Tolentino/ MMA)

quinta-feira, 23 de agosto de 2012

Cientista cria ‘nariz eletrônico’ que detecta gases perigosos no ar

Um professor da Universidade da Califórnia em Riverside, nos Estados Unidos, desenvolveu um equipamento incomum: um “nariz eletrônico” para detectar pequenas quantidades de substâncias sem cheiro que são potencialmente perigosas.
A invenção, segundo um boletim da universidade, tem potencial para ser aplicada em várias áreas. O “nariz” pode ser usado na agricultura, para detectar pesticidas; na indústria, para detectar vazamentos de gás e emissão de poluentes; e com fins militares, para detectar armas químicas.
O protótipo do pesquisador Nosang Myung foi desenvolvido em conjunto com uma empresa de nanotecnologia (ramo que pesquisa tecnologia miniaturizada), mas a patente é exclusiva da universidade, segundo o boletim.
A invenção tem 10 centímetros de largura por 18 de comprimento, afirma o site da universidade. Com esse tamanho é possível usar multi-sensores para detectar até oito toxinas.
A meta do pesquisador é reduzir o protótipo para o tamanho de um cartão de crédito. Só o sensor do equipamento, que teria apenas um canal de detecção de toxina, ficaria com o tamanho de uma unha, segundo a nota da Universidade da Califórnia.
A expectativa da empresa parceira da universidade é começar a vender o produto em 2013. Os esforços da companhia agora são para criar versões ainda menores do “nariz” e programas para a invenção.
O protótipo inclui entradas USB e sensores de temperatura e de umidade. A próxima versão do projeto, que deve ser divulgada em um mês, vai incluir um GPS e pode vir com acesso sem fio à internet.
Invenções parecidas – A ideia do “nariz eletrônico” não é nova, apesar de os inventos elaborados por cientistas em outros locais do mundo serem usados para outros propósitos.
Pesquisadores da USP (Universidade de São Paulo) anunciaram há dois anos que estavam criando um equipamento capaz de identificar cocaína e maconha pelo ar em até um minuto. Também sob o nome de “nariz eletrônico”, o aparelho detectaria a droga mesmo em quantidades muito pequenas, escondidas em bolsas, roupa ou outros objetos.
No fim de 2011, cientistas indianos anunciaram que estavam “prestes” a criar um “nariz eletrônico” para detectar tubercoluse com um sopro. Chamado de “E-Nose”, o dispositivo teria aparência semelhante à de um bafômetro usado pela polícia.
Em Israel, também em 2011, pesquisadores criaram uma invenção similar para detectar sinais químicos de câncer através do hálito de pacientes. O aparelho permite detectar tumores no pulmão, entre outros.
Fonte: Ambiente Brasil

Filhos de homens mais velhos têm mais mutações no seu genoma

 Um estudo na Islândia mostra que, a cada ano que passa, os espermatozóides do pai têm, em média, mais duas mutações novas no seu genoma que transmitem aos filhos. O trabalho é publicado na revista Nature.




O reservatório do genoma está em cada pessoa na Terra. A cada geração, misturam-se cromossomas de mulheres e homens – onde estão os genes para construir um ser humano – e uma nova fornada de pessoas é concebida. Mas não sem um preço. Um estudo que analisou genomas de islandeses mostra que os filhos de homens mais velhos recebem um genoma paterno com mais mutações, que surgiram entretanto, do que os filhos de homens mais novos. Estas mutações podem estar associadas a doenças mentais, como o autismo e a esquizofrenia, defendem os autores num artigo hoje na revista Nature.

A idade da reprodução é uma condicionante na mulher: está limitada a ter filhos até à menopausa e há um risco acrescido de ter crianças com deficiências depois dos 35 anos. O homem mantém-se fértil até perto do final da vida, mas há um custo.

Para que todos os dias tenha espermatozóides novos, as células progenitoras dos espermatozóides têm de estar a dividir-se continuamente. Em cada divisão, todo o genoma é copiado: a célula utiliza uma enorme maquinaria para copiar, tijolo a tijolo, a molécula de ADN que forma os 23 pares de cromossomas humanos e que contêm todos os genes. A evolução arranjou muitas formas de assegurar que esta replicação do ADN fosse perfeita. Mas, de vez em quando, há tijolos que são mal copiados e, no fim, obtém-se um genoma quase igual mas com mutações.

No caso das células sexuais femininas, esta divisão celular dá-se só no desenvolvimento embrionário. Quando as mulheres nascem, já têm todos os ovócitos de que precisam. A partir da puberdade, em cada mês, uma célula perde metade dos cromossomas para poder ser fecundada. Quanto mais velho for esse ovócito, maior é a probabilidade de haver alterações graves no ADN que provocam deficiências no embrião.

No caso dos homens, a divisão das células que vão dar origem aos espermatozóides mantém-se e as mutações no ADN podem assim acumular-se nessas células, de uma divisão para outra. "A maioria destas mutações são neutras, algumas são nocivas e, muito raramente, uma delas é benéfica", diz Kari Stefansson, ao PÚBLICO, líder da equipa da investigação da empresa deCODE, com sede em Reiquejavique, na Islândia, que estuda o genoma humano.

Estudos epidemiológicos tinham mostrado que homens que tinham filhos em idades mais avançadas transmitiam-lhes mais mutações associadas ao autismo. A equipa de Stefansson conseguiu, pela primeira vez, quantificar este aumento de mutações que eram inexistentes na geração anterior. "Existem duas mutações novas por ano, à medida que o homem envelhece", refere.

A equipa estudou o genoma de 78 filhos de casais que foram pais em diferentes idades. A grande maioria destes filhos tem autismo ou esquizofrenia. Procuraram por mutações nos tijolos de ADN que não existiam nem nos pais, nem nas mães, e que por isso teriam de ter sido originadas nas células sexuais de um dos pais. Depois, identificaram se tinham ocorrido no pai ou na mãe.

Descobriram que, em média, cada pessoa tem 60 mutações novas que não existiam na geração anterior. Quinze são da mãe e as restantes do pai, mas em função da sua idade. Um homem com 20 anos passa 25 mutações novas à descendência, enquanto um homem com 40 anos transmite 65. "É graças às mutações que vai surgindo nova diversidade no genoma humano e 97% dessa variação está relacionada com a idade do pai", explica o investigador.

A equipa estima que apenas 10% destas mutações novas tenham efeitos negativos e verificou que algumas estão associadas à esquizofrenia ou ao autismo. Uma das mutações identificada foi no gene NRXN1 – que comanda o fabrico de uma proteína que funciona no sistema nervoso – e que foi associado à esquizofrenia. A nova mutação faz parar a produção da proteína a metade.

Fonte-Yahoo -Nicolau Ferreira