sexta-feira, 11 de março de 2011

Condições e estrutura dos recifes de coral

Se você mergulhar com equipamento em águas geladas, não verá recifes de coral. Devido à relação exclusiva com as zooxantelas, que precisam da luz do sol e de água quente para sobreviver, os recifes de coral ficam limitados em sua distribuição geográfica a 30º norte ou ao sul da linha do equador. Os recifes nas Bahamas (em inglês), a 32º norte da linha do equador, são uma exceção devido às correntes de água quente que recebem do Golfo do México.
distribuição do recife de coral
Foto cedida pela NOAA
Os recifes de coral, indicados pelos pontos vermelhos, são encontrados predominantemente em águas tropicais, 30º ao norte e ao sul da linha do equador
Além da luz do sol e da água quente, que não seja abaixo de 18ºC, os recifes precisam de ambientes de água salgada com uma salinidade específica. Conforme indicação do mapa, a maioria dos recifes está localizada nos oceanos Pacífico e Índico, que atendem a essas condições.
Finalmente, os recifes crescem melhor em águas claras e que tenham poucos nutrientes. O excesso de material suspenso flutuando na água impede a passagem da luz do sol necessária para a fotossíntese das algas. Os recifes podem crescer até 10 cm por ano nas seguintes condições:
  • luz em abundância
  • água clara
  • temperaturas entre 23 e 29ºC
Em dias ensolarados, o coral pode formar carbonato de cálcio duas vezes mais rápido do que em dias nublados. Mesmo crescendo 10 cm por ano, um recife bem desenvolvido pode levar milhares de anos para se formar [fonte: NOAA].
Apesar de os corais formarem a infra-estrutura dos recifes, estes não possuem uma única espécie e reúnem uma variedade de plantas e de animais. A areia de coral é o principal componente. Criada pela força erosiva das ondas e correntezas contra o calcário e as conchas de animais, bem como pela trituração dos dentes de certos peixes, a areia de coral fica presa nas aberturas ao longo do recife. As algas coralinas incrustadas agem como cola, depositando uma camada dura de carbonato de cálcio sólido sobre a areia mantendo-a presa no lugar. Juntas, as algas incrustadas e a areia de coral corrigem áreas danificadas do recife e ajudam a estabilizá-lo, especialmente em regiões atingidas com freqüência pelas ondas.
Embora os recifes tenham necessidades e componentes básicos semelhantes, você pode separá-los em três categorias, dependendo do lugar onde se formam. Os recifes de franja são os mais comuns. Originam-se diretamente da costa e se desenvolvem nas margens externas da terra, formando uma borda que se projeta para fora do oceano. Os recifes de barreira são semelhantes aos recifes de franja porque também cercam a terra firme, mas formam uma borda ao longe, com um trecho de água entre eles e a costa. Os atóis são circulares ou ovais e se formam ao redor de uma lagoa. Eles surgem quando um recife de franja se forma ao redor de um vulcão que, depois, recua embaixo da superfície do oceano enquanto o recife continua crescendo.
Na próxima página, você aprenderá a identificar as zonas específicas de um recife quando mergulhar.

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